quarta-feira, 30 de março de 2011

Amazing speech by war veteran_LEGENDADO_PT_BR



Via Blog da Maria Frô

Dead Kennedys - Let's Lynch The Landlord


Let's Lynch The Landlord (Tradução)

O proprietário está aqui para visitar
Está rolando uma discoteca à toda lá embaixo
Ele disse "Estou dobrando o aluguel
Porque este prédio está condenado
Você vai me ajudar a comprar a prefeitura"

Mas a gente pode, você sabe que a gente pode
Mas a gente pode, você sabe que a gente pode
Vamos linchar o proprietário

Vou dizer para eles ligarem a água
Vou dizer para eles ligarem o aquecedor
Ele me diz: "você só faz reclamações"
E remexe o lugar quando eu não estou

Mas a gente pode, a gente pode
Vamos linchar o proprietário
Vamos linchar o proprietário
Vamos linchar o proprietário

Tem ratos roendo a cozinha
Baratas até os meus joelhos
Ligo o forno, ele fede como Dachau,
Até a chuva pinga pelo teto

Mas a gente pode, você sabe que a gente pode
Vamos linchar o proprietário, cara

segunda-feira, 21 de março de 2011

140 ANOS DA COMUNA DE PARIS: OS TRABALHADORES NO PODER!

imagemCrédito: Amigos da Comuna


Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Em 18 de março de 1871 surgia em Paris o primeiro governo operário da História, resultante da resistência popular diante da eminente invasão das tropas prussianas à França, durante a guerra franco-prussiana, evento este decisivo para o processo de unificação da Alemanha. Após a rendição de Napoleão III e do exército francês em setembro de 1870, da consequente queda de seu império e da proclamação da Terceira República da França, a Assembleia Nacional, de maioria conservadora, e o novo governo buscaram uma negociação rebaixada com a Prússia de Bismarck, o comandante da estratégia vitoriosa da unificação alemã. Os trabalhadores de Paris, entretanto, recusaram-se a depor as armas e iniciaram a revolta popular, tomando de assalto a prefeitura da cidade.
O movimento popular francês era bastante heterogêneo, constituído por operários, republicanos, milicianos da Guarda Nacional, além de uma pequena burguesia em decadência econômica, devido à grave crise motivada pelo envolvimento da França com a guerra contra a Prússia. Os anseios do povo eram voltados, principalmente, para a resolução imediata dos sofrimentos decorrentes deste evento, do desemprego em crescimento e da falência de pequenos comerciantes. Além disso, almejava-se a mudança do regime político, até então controlado pela Assembleia Nacional conservadora.
O Comitê Central da Guarda Nacional, que havia substituído o exército em algumas regiões francesas e congregava, em sua maior parte, operários e membros da pequena burguesia, expulsou da prefeitura os representantes da Assembleia Nacional e do governo oficial, os quais foram obrigados a se instalar na cidade de Versalhes. Estes ainda tentaram promover o desarmamento da Guarda Nacional, sob o pretexto de que ela pertencia ao Estado. Por sua vez, a população parisiense se opôs ao desarmamento, pois as armas haviam sido compradas com dinheiro do povo. Diante da resistência, o chefe de gabinete francês decide invadir Paris e massacrar a oposição, mas o povo resistiu e venceu a batalha, forçando o governo a fugir de volta a Versalhes.
O governo revolucionário, formado por uma federação de representantes de bairro, declara, em 28 de março, a independência da Comuna de Paris frente ao poder burguês sediado em Versalhes. Até o dia 28 de maio de 1871, os operários franceses dirigiram a cidade de Paris e tiveram a ousadia de tomar medidas políticas que, seguramente, continuam servindo de exemplo e desafio ao movimento socialista mundial. Uma delas foi a promoção das eleições dos representantes do povo parisiense, com a condição de que poderiam ser destituídos a qualquer momento. Não se tratava de um parlamento no estilo tradicional, mas um grupo de trabalho com funções legislativas e executivas. Esse tipo de organização inovadora visava substituir o modo burguês de governar, introduzindo modificações revolucionárias nas relações políticas, militares, econômicas e de justiça.
A burguesia, por sua vez, pregou que a Comuna era uma regressão na forma de organização social do homem, como se tivesse ocorrido um retorno às comunidades primitivas. Disseminou-se ainda que os proletários eram contrários à República. O que assustava os membros da classe dominante era a prática de eleições seguindo a lógica da democracia direta em todos os níveis da administração pública. Ademais, a Comuna de Paris promoveu inúmeras reformas, buscando romper com o caráter burguês do Estado: a polícia foi abolida (substituída pela guarda nacional proletária), foi instituída a previdência social, declarado o caráter laico da educação e a igualdade dos sexos. Inúmeras medidas de interesse popular foram adotadas: abolição do trabalho noturno e dos descontos em salários, desapropriação de residências vazias para moradia popular, ocupação de oficinas fechadas para instalação de cooperativas, redução da jornada de trabalho, legalização dos sindicatos, duplicação do salário dos professores, eleição para o cargo de juiz, gratuidade para serviços advocatícios, testamentos, adoções e casamentos, fim da pena de morte. A bandeira vermelha foi adotada como símbolo, e o internacionalismo foi posto em prática (não havia distinção de nacionalidade para integrar a Comuna).
Nos pouco mais de 70 dias de sua existência, a Comuna de Paris representou de fato a primeira experiência socialista da história: os revolucionários procuraram combater a propriedade privada dos meios de produção, pois identificavam nesse tipo de propriedade a base da divisão de classes e das desigualdades sociais.
Em 28 de maio de 1871, o governo francês, com o apoio de mercenários belgas, invadia a cidade luz e derrubava a última barricada popular, prendendo e executando em seguida os principais líderes do movimento popular parisiense. Apesar da forte repressão que se seguiu, a experiência da Comuna de Paris motivou diversas lutas populares em outras regiões da Europa, assim como a consciência dos limites e das possibilidades da luta direta das massas em um contexto de crise econômica e de repressão aberta de classe promovida pelos governos burgueses, no período de consolidação mundial do capitalismo.
O exemplo de resistência e coragem dos revolucionários parisienses permanece como uma bandeira política, pela qual acreditamos ser possível a construção de uma sociedade igualitária, apesar de toda ação opressiva e ideológica dos Estados contemporâneos, a serviço da hegemonia burguesa, da expansão do capital e do imperialismo. O PCB, durante as comemorações dos 140 anos da Comuna de Paris, irá realizar palestras, atos e debates em todo o país resgatando o sentido do legado histórico desse importante episódio da luta e da resistência dos trabalhadores contra a ordem burguesa conservadora, acontecimento sempre atual para os comunistas e lutadores socialistas em todo o mundo.
Março de 2011.
Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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O estigma dos partidos políticos


A democracia no Brasil é sempre um tema conturbado, no que pese o pouco tempo de existência dela e o contínuo vai e vem (quando a burguesia se sente ameaçada, chama os militares que fatalmente acatam os pedidos sem reclamar), intercalando experiência democráticas com períodos ditatoriais. Um grande exemplo disso é o PCB, o partido existe desde 1922, no entanto só pode existir por dois anos após a redemocratização de 1945.
Agora com as perspectivas de reforma política, a questão dos partidos políticos volta à tona, mas novamente em sua forma negativa. Partidos políticos são importantes, assim como os movimentos sociais, eles existem para organizar os cidadãos para a luta política dentro do Estado, no que pese problemas organizacionais, e de hierarquia, sua existência é um dos principais indicadores do grau de democracia que um país possui.
Uma olhada rápida em jornais brasileiros traz a impressão de que o maior dos problemas políticos brasileiro é justamente a questão dos partidos políticos, seja por sua falta de ideologia, seja pela infidelidade de alguns políticos, seja pelo dinheiro do fundo partidário.
É preciso separar crítica por crítica, a primeira e dizem que é a pior é a falta de ideologia dos partidos. Aqui ideologia é compreendida apenas como algo que levante paixões e faça um militante do partido se tornar mártir, mas ideologia não é apenas isso, mesmo que um partido defenda apenas o capital, essa própria defesa já é em si um ato que pressupõem uma ideologia, mesmo um partido que se diz sem ideologia, defendendo posições de centro, nada envolvendo esquerda ou direita, também defende uma posição ideológica, ela não bem fundamentada como o comunismo, o socialismo e o liberalismo, mas, indica uma posição ideológica.
A maioria dos partidos brasileiros possuem um espectro de centro, defendem posições que agradam tanto à esquerda como à direita, não atacam a propriedade privada, mas na atacam diretamente um programa de distribuição de renda, o próprio jogo político tende a beneficial partidos que defendam o pragmatismo, e não sua ideologias, ideologias em um mundo pós-moderno, globalizado e neoliberal são radicais demais, “e não representam aspirações verdadeiras da sociedade” (a própria defesa de um “fim da história” e vitória do liberalismo e da democracia trazem em si uma defesa ideológica capaz de fazer um marxista sentir vergonha de não defender suas posições com mais vontade).
Outro pressuposto dos partidos brasileiros diz respeito à infidelidade partidária, a famigerada troca de partidos que alguns políticos realizam em meio de mandato, manobra já criminalizada pelo STF. Nesse ponto a “falta de ideologia” dos partidos é utilizada como desculpa, quando deveria ser ao contrário, se vivemos em um mundo no qual posições políticas de centro tendem a trazer ganhos maiores, não há atitude mais pragmática de um político do que mudar de partido, afinal quando o mesmo faz isso é para conseguir mais visibilidade, verba, ou cargos no governo, como política em uma interpretação maquiavélica é a arte de conquistar o poder e mantê-lo, o político nada mais está fazendo do que isso, é uma atitude pessoal e até certo ponto egoísta, mas politicamente correta.
Se seu partido está afundando em escândalos ou mesmo perdendo setores do eleitorado como o DEM a atitude mais certa é justamente trocar de partido, e como Kassab comprovou já encontrou até mesmo uma brecha na lei da infidelidade partidária, é só criar um novo partido, o que de certa forma cumpriu com dois objetivos, agora ele poderá se aproximar do PT e do governo Dilma sem trair seu eleitorado, afinal seu novo partido não é tão de esquerda como o PT, nem de direita escancarada como o DEM, tal fato pode trazer mais votos para ele.
Por fim é preciso falar do fundo partidário, uma verba que o governo repassa para todos os partidos para que os partidos possam sobreviver, como a constituição libera os partidos para também a obtenção de outros fundos via doação de filiados, empresas, venda de jornais, adesivos e camisetas, o ideal obviamente é que além do fundo, durante as eleições a verba para a campanha venha apenas desse fundo, e não de doações empresariais, de pessoa física e caixa dois, o que aumenta a desigualdade entre os partidos.
Obviamente isso é um tema polemico, os custos eleitorais sobem a cada pleito, e liberais do país todo que odeiam pagar qualquer tipo de imposto reclamam que seu dinheiro está sendo desperdiçado na manutenção de partidos (obviamente os de esquerda, pois aqueles que defendem os interesses deles recebem doação diretamente e são os únicos com direito de existir).
O que o Brasil vive, portanto, é uma coleção de falácias disseminada pela mídia com o intuito de criminalizar os partidos políticos verdadeiramente de esquerda para evitar que eles dissemine as ideias contrárias aos interesses da burguesia, o objetivo final é uma ditadura monopartidária (obviamente aqui se fala do bipartidarismo transvertido em um mono já que não é mais possível distinguir democratas de republicanos) semelhante aos dos EUA que promove apenas a defesa dos interesses do capital e não da sociedade como um todo, relegando partidos com ideologias de defesa dos trabalhadores ao ostracismo.
A democracia brasileira vive assim sobre um risco de desaparecer por decreto sem precisar que os militares saiam dos quartéis novamente.
João Vicente Nascimento Lins 21/03/2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

Carta Maior - Internacional - Brasil - Estados Unidos: a rivalidade emergente

Carta Maior - Internacional - Brasil - Estados Unidos: a rivalidade emergente

Luta das mulheres em 2011 no RS

Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina 2011 | MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina 2011 | MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

O CDH aplicará sanções aos EUA caso uma guerra tenha início?


Declaração do Ministro das Relações Exteriores de Cuba no Conselho de Dereitos Humanos da ONU. Genebra, 1º de março de 2011.
Sr. Presidente:
A consciência humana rejeita a matança de pessoas inocentes em qualquer circunstância e lugar. Cuba concorda inteiramente com a preocupação mundial com a perda de vidas de civis na Líbia e deseja que seu povo alcance uma solução pacífica e soberana em vez da guerra civil que acontece ali, sem nenhuma interferência estrangeira, e que garanta a integridade da nação.

Certamente o povo líbio se opõe à toda intervenção militar estrangeira, que afastaria um acordo e provocaria milhões de mortes, de desabrigados e enormes danos à população em geral.

Cuba rejeita categoricamente qualquer tentativa de explorar a situação dramática criada para ocupar o país e controlar o petróleo.

É notória a voracidade pelos hidrocarbonetos, e não pela paz ou a proteção à vida dos libios, a motivação que anima as forças políticas, fundamentalmente conservadoras, que provocam hoje, nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, uma intervenção militar da OTAN em território libio. Não parece também  ser a objetividade, a exatidão e o apego à verdade o que predomina em uma parte de imprensa, utilizada por impérios de mídia para atiçar o fogo.

Diante da magnitude do que acontece na Líbia e no mundo árabe e das circunstâncias de uma crise econômica global, deveria prevalecer a responsabilidade e a visão de longo prazo nos países desenvolvidos. Embora possa enganar a boa vontade de uma parte da opinião pública, é evidente que uma intervenção militar levará a uma guerra e acarretará em consequências graves para a vida das pessoas e especialmente a bilhões de pobres, que correspondem a 4/5 da população do planeta.

Apesar da falta de alguns dados e fatos, a realidade é que a origem da situação no Oriente Médio e norte da África está na crise da política de saques imposta pelos Estados Unidos e seus aliados da OTAN na região. Os preços dos alimentos triplicaram, a água é escassa, crescem os desertos, aumenta a pobreza, e com ela, uma crescente desigualdade social e exclusão na distribuição da opulenta riqueza petrolífera na região.

O direito humano fundamental é o direito à vida, que não merece ser vivida sem dignidade humana.

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Desperta grande preocupação a maneira como este direito à vida é violado. Segundo várias fontes, morreram em conflitos armados em guerras modernas mais de 111 milhões de pessoas. Não podemos esquecer que se na Primeira Guerra Mundial as mortes de civis foram só 5% do total de baixas, nas guerras de conquistas posteriores a 1990, principalmente no Iraque, com mais de um milhão, e no Afganistão, com mais de 70 mil, os mortos inocentes chegaram a 90%. A proporção de crianças nestes dados é horrível e sem precedentes.

Foi aceita na doutrina militar da OTAN e das nações muito poderosas o conceito de “danos colaterais”, o que ofende a natureza humana. Na última década, a Declaração Universal dos Direitos Humanos tem sido pisoteada, como acontece na Base Naval norte-americana de Guantánamo, que usurpa o território de Cuba.

Os dados globais de refugiados como consequência destas guerras aumentaram em 34%, mais de 26 milhões de pessoas.

Os gastos militares cresceram 49% em uma década e chegaram a 1,5 trilhões de dólares, mais da metade nos Estados Unidos. O complexo militar continua produzindo guerras.

A cada ano, morrem 740 mil pessoas como vítimas de crimes violentos associados ao crime organizado.

Em um país europeu, morre a cada cinco dias uma mulher vítima de violência doméstica. Nos países do sul, morrem anualmente 11 milhões de crianças.

Por razões associadas à desnutrição, temos 100 mil mortes por dia, somando 35 milhões por ano.

Só com o furacão Katrina, no país mais desenvolvido do mundo, morreram 1.836 pessoas, quase todas negras e com poucos recursos. Nos últimos dois anos, 470 mil pessoas morreram no mundo devido a desastres naturais sendo 97% delas com baixos rendimentos.

Somente no terremoto de janeiro de 2010 no Haiti, morreram mais de 250 mil pessoas, quase todas moradoras de casas muito pobres. O mesmo aconteceu com as casas arrasadas pelas chuvas no Rio de Janeiro e São Paulo, no Brasil.

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Se os países em desenvolvimento tivessem taxas de mortalidade infantil e materna como as cubanas, se salvariam anualmente 8,4 milhões de crianças e 500 mil mães. Na epidemia de cólera no irmão Haiti, médicos cubanos atenderam quase a metade dos doentes, com uma taxa de mortalidade cinco vezes menor do que aqueles atendidos por médicos de outros países. A cooperação médica internacional cubana permitiu salvar mais de 4,4 milhões de vidas em dezenas de paises em quatro continentes.

A dignidade humana é um direito humano. Hoje existem 1,4 bilhões de pessoas em extrema pobreza. Existem 20 milhões de famintos, outros dois milhões padecem de desnutrição. Existem 759 milhões de adultos analfabetos.

Senhor Presidente.

O Conselho tem demonstrado sua capacidade para enfrentar as situações dos Direitos Humanos no mundo, incluindo aqueles que requerem atenção urgente e ações da comunidade internacional. Confirmou-se a utilidade do Exame Periódico Universal, como a base da cooperação internacional para avaliar o desempenho na matéria de todos os países, sem distinção.

Preservar, aperfeiçoar e fortalecer este Conselho no seu papel de promover e proteger os Direitos Humanos para todos, foi o espírito que animou nossa atuação no processo de revisão do órgão.

Os resultados deste exercício expressam o reconhecimento das mais importantes realizações do Conselho em sua curta existência. Enquanto os acordos não são suficientes diante das demandas dos países em desenvolvimento, foi preservado a instituição daqueles que pretendiam reformá-lo à sua conveniência para satisfazer apetites hegemônicos e ressuscitar o passado de confronto, hipocrisias, discriminação e imposição.

As discussões destes dias seria de esperar que este Conselho dos Direitos Humanos continue construindo  e avançando para o pleno exercício de seu mandato.

Seria muito negativo, com o pretexto de analisar a construção  institucional do Conselho e de abusos desta situação dramática, que se manipule e se pressione de maneira oportunista para estabelecer precedentes e modificar acordos.

Se o direito humano fundamental é o direito à vida, estará o Conselho preparado para suspender membros que desencadeiam a guerra?

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Pode o Conselho dar uma contribuição substancial para eliminar a principal ameaça à vida da espécie humana que é a existência de enormes arsenais de armas nucleares, em que uma pequena parte, a explosão de 100 ogivas, provocaria um inverno nuclear, segundo conclusões cientificas irrefutáveis?

Estabelecerá um procedimento sobre um impacto da mudança climática no exercício dos direitos humanos e proclamará o direito a um ambiente saudável?

Suspenderá os Estados que financiam e fornecem ajuda militar empregada pelo Estado receptor em violações massivas, flagrantes e sistemáticas dos direitos humanos e ataques à população civil, como as que ocorrem na Palestina?

Aplicará esta medida contra países poderosos que realizam execuções extrajudiciais em território de outros Estados com emprego de alta tecnologia, como munições inteligentes e aviões não tripulados?

O que acontecerá com Estados que aceitam em seus territórios prisões ilegais secretas, facilitem o transito de vôos secretos com pessoas sequestradas ou participem de atos de tortura?

Poderá o conselho adotar uma declaração sobre o direito dos povos à paz?

Adotará um Programa de Ação que inclua compromissos concretos para garantir o direito à alimentação em momentos de crise alimentar, subida de preços dos alimentos e utilização de cereais para produzir biocombustível?

Senhor Presidente.

Distintos Ministros e Delegados.

Que medidas adotará este Conselho contra um Estado membro que cometa atos que causem grandes sofrimentos e atentam gravemente contra a integridade física e mental, como o bloqueio a Cuba, tipificado como genocídio no artigo 2, inciso B e C, da Convenção de Genebra de 1948?


Muito Obrigado.


Leia o discurso do ministro cubano Bruno Rodríguez em espanhol

PCB NA TV - MARÇO 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

O limite das contradições do capitalismo

O petróleo como se sabe é o principal combustível do mundo, as maiores empresas em valores são petrolíferas, milhares de barris são processados e gastos por dia, sem petróleo o mundo para.
Existe uma maneira de se extrair petróleo que diz muito sobre o quão fundamental ele é para a economia mundial, fala-se sobre o xisto betuminoso, um mineral que contém petróleo em sua composição. O óleo é obtido através de um processo no qual a rocha é aquecida até que ele se desprenda, gasta-se muita energia para que isso ocorra, além de deixar resíduos tóxicos em quantidades alarmantes. Devido a isso, sua rentabilidade é baixa, mas, por conta do alto preço de um recurso que possui reservas já baixas, o petróleo de xisto betuminoso é muito estratégico, principalmente por ser onde mais se concentra as atuais reservas do hidrocarboneto.
O petróleo é hoje em dia provavelmente mais lucrativo que a água, mesmo que a segunda seja um recurso de vida ou morte para os homens, o primeiro prevalece, pois sem ele a economia não se movimenta e as riquezas não são geradas, mesmo que seja um pressuposto importante aquele no qual para existir sociedade é preciso que exista os homens e que eles trabalhem transformando a natureza, gerando riquezas e a própria economia. Isso é uma contradição que se torna a cada dia mais latente.
Nos últimos dias devido à retomada do crescimento econômico do mundo (puxado pelos BRICS, diga-se de passagem) e à crise na Líbia o preço do barril de petróleo subiu novamente ultrapassando a casa dos U$100,00, obviamente os consumidores serão os que mais sofrerão com esse aumento, os acionistas de empresas do setor energético, no entanto sorriem. Aumento no preço do petróleo significa mais um componente para puxar os valores dos alimentos para cima, novamente proporcionando mais lucro a uns poucos acionistas e banqueiros especuladores, e fome para o resto da população.
Causa apreensão o que irá acontecer com a população líbia, afinal em nome da defesa dos direitos humanos os EUA ameaçam invadir o país africano para evitar uma guerra civil (estranhamente esse discurso parece muito com o de certo Juninho em 2003, só que no Golfo Pérsico). Se antes a ameaça aos países árabes era a do FMI e seu pacote de ajustes neoliberais, agora os EUA resolveram retomar o controle direto desses países, ameaçando a democracia que nem existe na prática.
O mundo atual é refém da indústria do petróleo, seu continuo uso pode degradar o ambiente de uma forma que ameaça a vida humana, assim como é ameaçador a destruição que as guerras pelo controle do recurso pode ocasionar, a realidade que se apresenta é ou o mundo para de usar petróleo, ou não sobrara mundo para se gastar petróleo.
João Vicente Nascimento Lins 02/03/2011
A charge é do genial cartunista Carlos Latuff